ÉTICA: O Ciclo Temático, abril/maio2017 – IEAS/ACL
(FF. Clicar no Programa a seguir)
Alberto Araújo
Instituto de Estudos Académicos para Seniores Adriano Moreira (IEAS) – Academia das Ciências de Lisboa (ACL).
Temos o privilégio de ser alunos do 7º Ano do IEAS, desde a sua fundação em 2010. Desde então, alguns não têm participado com continuidade, enquanto outros novos têm entrado. Deixamos aqui uma justa palavra de reconhecimento aos Professores Académicos e de outras universidades e Institutos Superiores e aos investigadores e especialistas convidados. Todos muito generosa e exemplarmente têm disponibilizado o seu precioso e superlotado tempo para apresentar os temas nos sucessivos ciclos temáticos e esclarecer questões no final de cada uma. Sendo o IEAS e as conferências de natureza interjecional e ao serviço da comunidade presente ou ausente, é um dever deixar também aqui uma palavra de reconhecimento e de admiração pela dedicação da Directora do Instituto e também Secretária Geral da ACL, Prof. Doutora Maria Salomé Pais, que, no final de cada sessão, sistemática e insistentemente tem solicitado a cada conferencista o texto para ser publicado no Sítio/site do Instituto.
ÉTICA E LIDERANÇA NACIONAL. É a perspetiva em que nos pretendo situar nesta primeira abordagem da temática, da iniciativa exclusiva da ACL .
E é neste mesmo sentido que vimos convidar/desafiar a todos os interessados a fazerem o mesmo, tanto em relação à liderança-nacional como à liderança-não-nacional: político-ideológica partidária, liderança de ONGs, liderança religiosa, liderança grupal, ou, em particular, auto-liderança.
A nossa atenção vai centrar-se na LIDERANÇA NACIOAL, na medida de uma profunda convicção de que:
A Nação, qualquer Nação, é melhor liderada por profissionais, vocacionados e com formação própria, que por amadores, movidos pela vontade do poder ou pelo instinto do poder.
Surpreendentemente, desde que começámos a falar deste SONHO/UTOPIA, em 2010 e, particularmente, respondendo ao Projecto Maubisse, Timor L/L, 98% das pessoas contactadas, desde professores catedráticos e políticos altamente considerados a cidadãos sem qualquer formação superior, todos aceitam e subscrevem o desafio. Mais surpreendente ainda por que representam a sociedade civil da diáspora e do interior de cada uma das nove Comunidades/Estados e das comunidades lusófonas espalhadas por todo o mundo, entretanto representadas por Goa/Damão/Diu, Macau e Galiza. Foram estes cidadãos da sociedade civil da diáspora lusófona que, após três anos de complexo e nem sempre fácil esforço, organizaram o Primeiro Congresso da Sociedade Civil da Diáspora Lusófona, realizado no Salão Nobre da Academia das Ciências de Lisboa, entre 19 e 21 de novembro de 2015, congresso no final do qual foi fundada a plataforma PISCDIL (Plataforma Internacional da Sociedade Civil da Diáspora Lusófona). E cada vez mais surpreendente se torna, quando verificamos que já assinaram o Protocolo de Cooperação neste âmbito de liderança profissional a Universidade Lusíada de São Tomé e Príncipe, a Universidade Piaget de Guiné Bissau, o Instituto Superior de Filosofia e Teologia D. Jaime Garcia Goulart de Dili e/ou, proximamente, o Instituo de Ciência e Tecnologia de Aileu ou ASTI (Aileu Science and Technology Institute); esperamo em mais breve tempo possível a mesma assinatura de Protocolo com as Instituições Formadoras do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique, de Angola e também de Guiné Equatorial.
É que, na realidade, a adesão a este SONHO/UTOPIA não é senão a descoberta de uma realidade já existente. Esta, para uns representa a reacção perante uma liderança-nacional que tem criado condições e situações de nações descaracterizadas, socialmente injustas, corruptas, assimétricas, anticonstitucionais, etc., etc.; para outros representa a Utopia de Thomas More ou uma luta persistente e heroica, um heroísmo muitas vezes desconhecido, para uma sociedade ideal/real concreta ou uma sociedade real/ideal. Assim e na realidade, não fiz mais que falar daquilo que todos já sentiam e sabiam e se têm dedicado a realizar, duma forma ou doutra. E esta descoberta vem, mais uma vez, confirmar a convicção pessoal que vem sendo cada vez mais profunda, sobretudo desde a primeira metade da década de 1976. Falaremos desta década pessoal noutro contexto, mas, aqui, saliento apenas que vim a descobrir mais tarde que antes de mim já havia pessoas que pensavam como eu e melhor que eu; e também para partilhar a convicção de que hoje, neste mundo conhecido e desconhecido, visível e invisível, e no futuro virão pessoas que pensarão como eu e melhor que eu.
Para nos situarmos, a primeira pessoa em plural, “Nós”, engloba, para além do pessoal, o “nós” timorenses, o “nós” comunidades lusófonas, e o “nós” mundial de pessoas que, antes, agora e no futuro pensam e agem como nós. E concretamente, pensam e contribuem para “que as nações sejam lideradas por profissionais, vocacionados e com formação própria, e não por amadores, movidos pela vontade do poder ou pelo instinto do poder”, com todas as consequências que enfermam as sociedades actuais e ameaçam as gerações vindouras.
Digo “primeira abordagem” porque virão outras, na sequência desta, que é orientada para “estudos académicos de seniores”. Virão outras tanto no âmbito curricular com no âmbito não-curricular, partilhadas ou protagonizadas pelas Universidades e Institutos Superiores, por grupos de especialistas ou pela própria sociedade civil anónima, através de DEBATES públicos, privados e reservados. E todo este caminhar conduzirá ao tempo em que os
cidadãos eleitores passarão a votar em profissionais para a liderança-nacional e também para as lideranças-não-nacionais, deixando para a história as “lideranças amadoras, movidas pela vontade do poder ou pelo instinto do poder”.
Esta “primeira abordagem” tem outro contexto, que, afinal, coincide com a referida convicção de que nada ou quase nada do “possa pensar” ou “possa tentar fazer” não tenha vindo do passado, não faça parte de tentativas do presente e não esteja presente em visões ou estratégias para o futuro, neste jogo da transparência-oculto-ocultação.
A coincidência a que aqui me quero referir é com o Projecto de Formação de Liderança da Professora Doutora Maria Salomé Pais, Secretária Geral da Academia das Ciências de Lisboa (ACL). E descobri esta coincidência quando, em 2015, solicitei ao Professor Doutor Adriano Moreira, então Presidente da ACL, para elaborar o currículo da “Formação em Liderança e Chefia”, título que o próprio sabiamente sugeriu a alteração para actual “Formação em Liderança e Cidadania”. A professora tinha arrumado o seu projecto na gaveta, à espera de tempos mais amadurecidos e oportunos.
Isto para referir que, na Estrutura da Formação Curricular, às cinco áreas nucleares, acrescentei a Ética. É lógico não concordar senão com os dois altos responsáveis da ACL, na medida em que, melhor que a proposta pessoal, a Ética deve fazer para transversal e integrante das cinco áreas. A proposta tem implícito o seguinte objectivo/sonho/utopia:
O diploma profissional da liderança, nomeadamente da liderança-nacional, inclui imprescindivelmente um juramento ou um compromisso do tipo “Juramento de Hipócrates”. Compromisso com os Valores Universais protagonizados pela ONU e pelas espiritualidades mundiais e locais; compromisso com o Valores Regionais, no nosso caso representados pela Comunidades Lusófonas; compromisso com os Valores Locais, inalienáveis e identificadores da cada uma das comunidades, lusófonas ou não.
(Continua)
Pingback: carders forum
Pingback: situs online judi terbaik
Pingback: nằm mơ thấy cháy rừng
Pingback: mơ thấy chìa khóa
Pingback: mơ cãi nhau đánh con gì
Pingback: mơ thấy bếp lửa cháy
Pingback: linzhi miner
Pingback: Regression testing meaning
Pingback: Philips HD8650/01 manuals